Cultura Viagem

Au pair: como funciona e experiências reais sobre.

Por: Amanda Oestreich, Ana Elisa Abddala Rocha, Juliana Florido, Mariana Frediani, Marina Sakai, Nathália Lopes.

O intercâmbio de au pair é muito procurado por ser não só uma experiência cultural, mas também por disponibilizar uma vida no exterior para pessoas que não tem tanto dinheiro. Nessa matéria as dúvidas mais frequentes de como funciona e experiências reais serão mostradas.

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Foto: Victoria Moraes indo viajar.

Acima de tudo, diferentemente do intercâmbio tradicional, o processo de au pair funciona como uma troca. Essas profissionais, em geral são mulheres, cuidam das crianças da família da casa em que ficam alojados, recebendo em troca moradia, estudo e salário. 

Uma dúvida frequente é a diferença entre au pair e babá. Enquanto a au pair viaja para o exterior em busca de novas experiências, vive com uma nova família e aprende ou aperfeiçoa a língua estrangeira. A babá não participa de nenhum programa de intercâmbio cultural, seu propósito é receber um salário como em qualquer outro emprego. Claro que também tem as babás live-in, porém elas não compartilham semelhanças com as au pair além do fato de ambas cuidarem de crianças. 

Como funciona:

De uma forma geral, é uma rotina puxada, com cerca de 45 horas semanais, mas nunca passando de 10 horas por dia. Somente países como Estados Unidos, Alemanha e França pagam algum salário para os au pairs (algo que deve ser levado em conta na escolha do destino). O programa tem um ano de duração, mas ele pode ser estendido caso seja o desejo do participante. Algumas agências aceitam a inscrição de homens.  

Entretanto, para participar do programa, há algumas regras a serem seguidas: Apresentar uma idade entre 18 e 26 anos, ser solteiro e sem filhos, gostar e ter experiências com crianças, ter nível intermediário de inglês, possuir a conclusão do ensino médio, ter carteira de motorista e possuir disponibilidade de 12 meses para se dedicar inteiramente ao programa. Au pair é um dos programas de intercâmbio mais baratos que existem, o preço do programa varia de R$ 3 mil a R$ 5 mil, e inclui a passagem aérea de ida (a de retorno está inclusa somente caso você cumpra os 12 meses do programa), hospedagem em casa de família com quarto individual, e alimentação. Além disso, seguro internacional de saúde e assistência de viagem também estão inclusos. As agências mais famosas que auxiliam em todo o processo são IE Intercâmbio, STB e CI Intercâmbio. 

Experiências reais de Au pairs

Victoria Morais:

A jovem foi au pair no Texas e teve dificuldades com a nova língua, estar sozinha em um país estrangeiro e fazer um trabalho que pode ser considerado cansativo. Ainda assim, ela recomenda e a oportunidade para todos que tiverem as condições.

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Foto: Victoria Morais, au pair no Texas.

A jovem cuidava das crianças e dos seus pertences, brincava com elas, levava elas para programas de lazer, preparar o lanche escolar, dar banho, organizar a “bagunça”, levá-las para a escola (para isso, muitas famílias disponibilizam carro). Ou seja, o au pair precisa estar disposto a encarar essa rotina cansativa e ter flexibilidade para lidar com possíveis problemas. 

Vale ressaltar que apesar de esgotante, esse tipo de intercâmbio promove não só amadurecimento pessoal, mas também abre um leque de oportunidades, visto que gera um maior conhecimento sobre a língua estrangeira, sobre diferentes culturas e uma flexibilidade para lidar com pessoas diferentes.

Helen Rodrigues:

Com 20 anos começou a fazer o au pair na California. A jovem começou em agosto e falou um pouco sobre sua experiência: “A melhor parte tem sido poder conhecer coisas novas, ter vivências novas e aprender que a vida vai além da bolha que sou acostumada a viver.”

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Foto: Helen Rodrigues, au pair na Califórnia.

Priscila Sanches:

Youtuber que tem mais de 60 mil inscritos, a jovem foi au pair em Michigan em 2015 e hoje mora no Canadá. No seu canal  ela fala muito sobre o tema, tanto sobre a experiência dela como também um meio para outras mulheres contarem sua história em um quadro chamado story time.

Foto: Priscila Sanches, youtuber e au pair.

“Graças a Deus tive uma experiência super positiva, eles eram muito pacientes comigo, me ajudaram com tudo, inclusive financeiramente (me ajudaram com o valor da passagem pra eu visitar minha família no Brasil, e também ajudaram quando decidi que viria para o Canadá)”, disse Priscila à Factual900. “Além disso, eles sempre me deram liberdade com as crianças, podia levar pra passear, piscina, parques, etc.”

 O au pair nem sempre será uma experiência perfeita como foi a da Priscila. Portanto, quadro de seu canal busca mostrar principalmente histórias inusitadas que deram errado, com dicas das meninas que já passaram por essas experiências. Vai desde ser expulsa da host family, crianças agressivas, até o famoso rematch.

Assim sendo, o programa de au pair não é para todas e existem relatos igualitários de experiências boas e ruins pela internet. Cabe a você depois de ler o nosso texto e até mesmo se aprofundar sobre o assunto ver se você obtém as condições necessárias para o programa.